Faz mais de 10 anos que a segunda geração do Audi Q7 foi revelada no Salão Internacional do Automóvel da América do Norte em Detroit. Sabemos que um Q7 totalmente novo está em desenvolvimento, depois que o potente SQ7 foi flagrado recentemente, mas, por enquanto, o Q7 regular segue em frente para o ano modelo de 2026. Após uma substancial atualização de meio de ciclo em 2020 e um pequeno retoque em 2023, o modelo 2026 não apresenta grandes revoluções, mas sim um refinamento contínuo, focado em manter sua competitividade no segmento de SUVs de luxo de três fileiras. A Audi parece estar adotando uma abordagem incremental, adicionando mais recursos e tecnologia para justificar um preço que continua a subir, ao mesmo tempo em que lida com desafios que persistem ao longo dos anos.
Para o ano modelo de 2026, a Audi aprimorou o pacote de equipamentos padrão do Q7. Agora, espera-se que todos os modelos venham com a interface MMI Touch Response de última geração, que inclui uma tela sensível ao toque maior para o infotainment e uma para os controles do clima, oferecendo feedback háptico. Recursos como o Virtual Cockpit Plus da Audi, com suas telas personalizáveis de alta resolução, também se tornam padrão em mais níveis de acabamento, o que certamente agrada aos entusiastas de tecnologia. Além disso, melhorias nos sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS) são esperadas, com o controle de cruzeiro adaptativo, assistente de faixa e monitoramento de ponto cego sendo calibrados para operar de forma mais suave e intuitiva. Alguns rumores apontam para a inclusão de novas opções de personalização para o interior, como novos acabamentos de madeira e couro, e cores de pintura exterior atualizadas para manter o visual fresco.
No entanto, toda essa sofisticação tecnológica e os materiais de alta qualidade vêm com um custo. O preço inicial do Audi Q7 2026 deverá ser significativamente mais alto do que o de seus antecessores. Embora a Audi justifique isso com o aumento do equipamento padrão e a inflação geral do mercado automotivo, a escalada contínua dos preços pode testar a lealdade de alguns clientes. Os pacotes opcionais, que tradicionalmente adicionam um valor considerável ao preço final, também podem ver seus valores revisados para cima, tornando o Q7 um investimento ainda mais substancial.
Apesar das atualizações e do aumento de preço, alguns “problemas antigos” persistem. A motorização base, embora competente com o motor turbo de 2.0 litros e quatro cilindros (45 TFSI), pode parecer um pouco sem fôlego para um veículo de seu porte, especialmente quando totalmente carregado. O 55 TFSI, com seu V6 turbo de 3.0 litros, oferece melhor desempenho, mas a economia de combustível continua sendo um ponto fraco em ambos os motores, um problema comum para SUVs grandes de luxo, mas que se destaca em um cenário automotivo cada vez mais focado na eficiência.
Outra crítica frequente diz respeito à terceira fila de assentos. Embora o Q7 seja um SUV de três fileiras, o espaço na última fila é, na melhor das hipóteses, adequado apenas para crianças pequenas ou para uso ocasional em viagens curtas. Rivais como o BMW X7 ou o Mercedes-Benz GLS oferecem um espaço consideravelmente mais generoso e confortável para adultos na terceira fila. O porta-malas também pode ser um pouco limitado com a terceira fila em uso. A dirigibilidade, embora refinada e confortável para viagens longas, carece da agilidade e do envolvimento que alguns concorrentes conseguem oferecer, parecendo mais um cruzador de estrada do que um SUV esportivo.
Em suma, o Audi Q7 2026 continua a ser uma proposta sólida para quem busca um SUV de luxo bem construído, repleto de tecnologia e com um interior premium. As novas características certamente o mantêm relevante. No entanto, sua estratégia de preço ascendente e a persistência de algumas deficiências notáveis, como a economia de combustível e o espaço limitado na terceira fila, garantem que ele ainda enfrentará forte concorrência no mercado, enquanto aguardamos ansiosamente por uma verdadeira nova geração.