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Debate destaca importância de discutir leis na era da inteligência artificial

SET Expo 2025

Especialistas reforçam a necessidade de falar sobre os impactos da inteligência artificial na comunicação, mesmo sem uma legislação específica

As transformações causadas pela inteligência artificial e o papel das plataformas digitais foram o foco do painel “Regulação de Plataformas de Internet e IA: Desafios e Oportunidades na Era Digital”, que aconteceu nesta terça-feira (19), durante o Congresso SET Expo 2025. O encontro trouxe reflexões sobre como a tecnologia está mudando os modelos de negócios no setor da comunicação e os desafios para manter um equilíbrio entre inovação, redes sociais, serviços de streaming e regras que ainda estão em construção.

O debate foi conduzido por Rodolfo Souza Salema, representante da Confederação Nacional da Comunicação Social (CNCOM) e integrante de conselhos ligados ao cinema e à liberdade de imprensa.

SET Expo 2025
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Andreia Saad, diretora jurídica da Globo, destacou a importância de discutir os impactos da inteligência artificial, mesmo antes de existirem leis específicas sobre o tema. “Ainda não temos uma legislação clara sobre o uso da IA, mas já é hora de conversar sobre os riscos que ela traz. A discussão não é nova — já falamos sobre isso desde 2019. Agora, com a IA, questões como direitos autorais ganham ainda mais peso e podem afetar diretamente o jornalismo”, explicou.

O professor e pesquisador Diogo Cortiz, do NIC.br e da PUC-SP, falou sobre como a inteligência artificial tem sido facilmente aplicada em vários setores. “Essa tecnologia entende linguagem e isso muda tudo. As formas de interação são quase infinitas. Por isso, é importante enxergar o assunto de forma mais ampla quando falamos em regras e limites”, disse.

Participando remotamente, Marina Pita, da Secretaria de Comunicação Social, ressaltou que é preciso conversar com seriedade sobre problemas reais que envolvem o uso das plataformas. “Temos que olhar para situações graves, como a exposição e adultização de crianças e adolescentes. Ao mesmo tempo, também é preciso proteger os consumidores e quem depende das redes para trabalhar ou divulgar seus negócios”, completou.