Carro Elétrico
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Jacareí dá 45 dias para Caoa Chery retomar produção da fábrica

Jacareí, SP – Em um movimento decisivo para salvaguardar a economia local e os empregos, a Prefeitura de Jacareí emitiu um ultimato formal à montadora Caoa Chery, exigindo que a empresa apresente, no prazo máximo de 45 dias, um plano concreto e detalhado para a retomada da produção em seu complexo industrial na cidade. A medida reflete a crescente preocupação do poder público municipal com a ociosidade da planta fabril, que, desde que teve suas operações suspensas, impacta diretamente a arrecadação e a geração de postos de trabalho na região.

A fábrica de Jacareí, que um dia foi um polo vibrante de produção automotiva, encontra-se há um período considerável com suas atividades paralisadas, deixando um vácuo significativo na economia local. Com a suspensão da produção de modelos importantes como o Tiggo 3x e o Arrizo 6 Pro, centenas de trabalhadores foram afetados, seja por demissões, licenças ou incertezas sobre o futuro. Este cenário gerou um impacto multifacetado, abrangendo desde a diminuição da massa salarial circulante na cidade até a redução na arrecadação de impostos, essenciais para a manutenção dos serviços públicos e o investimento em infraestrutura.

A administração municipal enfatiza que a decisão de cobrar a montadora não é meramente burocrática, mas sim uma resposta à necessidade urgente de reativar um ativo econômico vital para Jacareí. O prefeito e sua equipe têm reiterado a importância da geração de empregos e da manutenção de um ambiente econômico dinâmico. A ociosidade de uma planta da envergadura da Caoa Chery é vista como um desperdício de potencial produtivo e um fardo para o desenvolvimento socioeconômico do município. A fábrica possui infraestrutura e capacidade para gerar centenas de vagas, e sua inatividade contraria os interesses da comunidade.

O plano exigido pela Prefeitura deve conter informações precisas sobre o cronograma de reativação, os modelos a serem produzidos, a projeção de volume de produção e, crucialmente, o número de empregos a serem gerados ou reativados diretamente na linha de montagem e indiretamente na cadeia de suprimentos. A expectativa é que a retomada da produção possa significar a reintegração de aproximadamente 500 colaboradores, um número que representa um alívio substancial para muitas famílias e para a taxa de desemprego local. A Prefeitura deixa claro que, caso a Caoa Chery não apresente um plano viável ou não demonstre intenção real de reativar o complexo dentro do prazo estipulado, medidas mais drásticas poderão ser tomadas.

Entre as ações consideradas, a desapropriação da área se apresenta como a alternativa final, um recurso legal que permite ao poder público retomar a posse de um bem privado para fins de interesse público, especialmente quando este se encontra em estado de abandono ou subutilização prolongada, prejudicando o desenvolvimento da cidade. Embora seja uma medida extrema, a Prefeitura sinaliza que não hesitará em utilizá-la se todas as outras vias de negociação e cobrança se mostrarem infrutíferas, visando garantir que o espaço seja utilizado em benefício da população de Jacareí.

Este ultimato marca um novo capítulo na relação entre o município e a montadora, colocando a bola no campo da Caoa Chery para demonstrar seu compromisso com a cidade que a acolheu. A comunidade de Jacareí aguarda ansiosamente por uma solução que traga de volta o movimento e a prosperidade para um de seus principais pilares industriais.