A imagem em questão mostra um BMW M5 2025 na cor Branco Alpino, com uma menção ao motor BMW S68 e à tecnologia híbrida plug-in (PHEV), indicando a direção dos futuros modelos M.
Numa altura em que muitas marcas de alta performance estão a reconfigurar os seus motores para cumprir regulamentações de emissões mais rigorosas, a BMW M está a seguir um caminho diferente. De acordo com uma recente entrevista da Autocar com o chefe da divisão M, Frank van Meel, a marca alemã está empenhada em preservar a essência dos seus icónicos motores a gasolina de seis cilindros em linha e V8, mesmo face aos desafios impostos pela futura norma Euro 7.
As regulamentações Euro 7, previstas para serem implementadas nos próximos anos, representam um dos maiores desafios para os fabricantes de automóveis, especialmente para as divisões de performance que tradicionalmente dependem de motores de alta cilindrada e potência. Enquanto alguns concorrentes consideram a eletrificação total ou a redução drástica do tamanho dos motores como a única solução, a BMW M vê um futuro onde os motores de combustão interna coexistem e se complementam com a tecnologia elétrica.
Frank van Meel sublinhou que a engenharia da BMW M está focada em soluções inovadoras que permitirão que os motores S58 (seis em linha) e S68 (V8), conhecidos pela sua performance e fiabilidade, continuem a ser o coração dos seus modelos. Esta “abordagem diferente” não significa ignorar as preocupações ambientais, mas sim encontrar um equilíbrio que mantenha a experiência de condução visceral pela qual os modelos M são famosos.
Para o M5, a chave para a sobrevivência destes motores reside na hibridização. Modelos futuros, como o já antecipado BMW M5 de 2025 (visível na imagem, com o motor S68 PHEV), são exemplos claros desta estratégia. A integração de sistemas elétricos potentes não só ajudará a cumprir os limites de emissões, permitindo condução em modo puramente elétrico em ambientes urbanos, mas também oferecerá um aumento significativo de potência e binário instantâneo. Esta sinergia entre o motor a gasolina e o elétrico permitirá que os novos modelos M ofereçam níveis de performance superiores aos seus antecessores, ao mesmo tempo que reduzem o seu impacto ambiental.
Van Meel mencionou que o desenvolvimento não se limita apenas à eletrificação. A BMW M também está a investir em tecnologias avançadas de gestão de motores, sistemas de tratamento de gases de escape mais eficazes e otimização da eficiência da combustão para garantir que cada gota de combustível seja utilizada da forma mais eficiente possível. O objetivo é reduzir as emissões de partículas e óxidos de nitrogénio para níveis que cumpram as estritas normas Euro 7, sem comprometer a resposta do acelerador ou a sonoridade característica dos motores M.
Esta filosofia reflete o compromisso da BMW M em satisfazer tanto as exigências regulamentares quanto as expectativas dos seus entusiastas. A ideia é que os veículos M continuem a ser “máquinas de condução definitivas”, capazes de proporcionar emoção pura na pista e no dia a dia, mas de uma forma mais sustentável. A transição não será abrupta; em vez de abandonar completamente a combustão, a BMW M está a liderar a carga na evolução dos powertrains, garantindo que os motores de seis cilindros em linha e V8, que definiram a marca M por décadas, terão um papel vital no futuro do desempenho automóvel.
Primeiramente publicado por https://www.bmwblog.com